26/05/2010

Famílias Acolhedoras: de quem estamos falando?

Fonte: Revista Contato ed. nº 69 - 2010
Artigo sugerido pela Psicóloga Tanielle C Andretta Pereira - IBTS

Educação psicomotora

A educação psicomotora é uma técnica, que se utiliza de jogos e exercícios que levam a criança ao seu desenvolvimento global. A estimulação ocorre de tal forma que esteja relacionada ao corpo como um todo, em todo o seu potencial (percepção, expressão, criação), respeitando sempre as diferenças individuais (o ser é único, diferenciado e especial).
Dentro os objetivos da educação psicomotora destacam-se: aquisição do domínio corporal (lateralidade, orientação espacial, coordenação motora, equilíbrio e a flexibilidade); controle da inibição voluntária (melhorar o nível de concentração e abstração); desenvolvimento sócio-afetivo (reforçando as atitudes de lealdade, companheirismo e solidariedade).
Uma atividade psicomotora deve ser desenvolvida em três momentos distintos: iniciação - tem como objetivo reunir as crianças para que se descreva o que vai ocorrer durante a sessão. Este momento é importante porque permite que criança se identifique verbalmente e respeite o momento de início da atividade; desenvolvimento do jogo - nesse momento a criança pode atuar livremente nos brinquedos (jogando, se expressando, etc.); término ou saída: o grupo se reúne novamente para dizer o que fez, ou seja, fazer um resumo das atividades.
Pode-se utilizar outras maneiras de iniciar e de terminar uma atividade, como por exemplo: contar histórias, rodas cantadas, jogos, etc.

Texto encaminhado pela Pedagoga Danielle Mainguê Karam

19/05/2010

Práticas de pais sociais em instituições de acolhimento de crianças e adolescentes

Acredito que a internet é de fato uma rede que abre fronteiras para o novo: novos conhecimentos, novos contatos e novas formas de atuação. Dessa forma, é uma oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aplicá-lo em nosso cotidiano. Por isso, expresso o meu desejo de compartilhar o resultado de dois anos de estudo no Curso de Mestrado em Psicologia, na Universidade Federal de Santa Catarina, pela divulgação de um artigo no blog do Instituto Brasileiro de Transformação Social - IBTS, do qual faço parte.

O objetivo da minha pesquisa, finalizada em abril de 2010, foi compreender e descrever as práticas realizadas por pais sociais em instituições do tipo casa lar, que atendem crianças e adolescentes vítimas de maus tratos. Este é um contexto no qual a qualidade do atendimento prestado constitui-se em um foco de investigação crescente no Brasil, principalmente no aspecto da qualificação dos recursos humanos dessas instituições.

Assim, convido a todos para conhecer uma parte do meu estudo pela leitura do artigo Práticas de pais sociais em instituições de acolhimento de crianças e adolescentes, que apresenta uma revisão teórica e uma análise das práticas desses educadores, que são figuras tão importantes para o bem estar da criança enquanto ela está abrigada. Este artigo foi escrito em 2009 e será publicado na revista Psicologia & Sociedade.

Texto elaborado pela psicóloga do IBTS Andressa Sperancetta

18/05/2010

Dia Nacional de Combate ao Abuso de Crianças e Adolescentes

Desde 2000, o 18 de maio foi instituído pela Lei 9.970, como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Infelizmente, a data remete a um dos crimes que comoveu o Brasil, ocorrido na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, em 1973.

Naquele ano, a menina Araceli Cabrera Crespo, de oito anos, foi espancada, violentada e assassinada brutalmente. Até hoje, os culpados pelo crime não foram punidos.

E quantas Aracelis, Luanas, Yasmins, Alanis, Isabelas e tantas outras crianças inocentes tiveram o mesmo destino?
O Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes promove diversas atividades de conscientização e combate à situação por todo o País.

Só no ano passado foram denunciados 15.345 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes.

Segundo dados do Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República, em 2009 foram 9.638 registros de abuso sexual, 5.415 de exploração sexual, 229 de pornografia infantil e 63 de tráfico de crianças.
E só nos quatro primeiros meses de 2010, já foram contabilizadas cerca de 4 mil ocorrências de violência sexual contra meninos e meninas.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), dentre as diversas manifestações de violência contra crianças e adolescentes, as mais incidentes são o abuso sexual praticado por integrantes da própria família e a exploração sexual para fins comerciais, como a prostituição, a pornografia e o tráfico.
Além de crime e cruel violação dos direitos humanos, essas expressões resultam em danos irreparáveis para o desenvolvimento físico, psíquico, social e moral das crianças e dos adolescentes suscetíveis a esse tipo de violência.

Entre outras conseqüências, as vítimas estão sujeitas à dependência de drogas, à gravidez precoce e indesejada, a distúrbios comportamentais e doenças sexualmente transmissíveis.
Em Fortaleza, desde o dia 12, a Prefeitura vem reforçando ações de sensibilização nos terminais de ônibus, na Barra do Ceará e Jangurussu, culminando em uma caminhada pelas ruas do Centro hoje.
As atividades são realizadas em parceria com o Fórum Cearense de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes.
Nos dois locais, a SDH mantém grupos de disseminação da Rede Aquarela – política municipal de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes.

Os locais são apontados nos livro “Os Sete Sentimentos Capitais” como dois dos dez principais locais de exploração sexual de crianças e adolescentes em Fortaleza.
Dever de toda a sociedade é denunciar! E ajudar no combate a esse crime que viola todos os direitos infantis, que viola os direitos de toda uma sociedade.

Fonte:http://blog.opovo.com.br/educacao/dia-nacional-de-combate-ao-abuso-e-a-exploracao-sexual-de-criancas-e-adolescentes/



17/05/2010

A importância das regras

Gomide (2006) retrata a importância do estabelecimento de regras e limites para que haja um relacionamento familiar adequado, mas para isso é necessário que as regras estabelecidas sejam claras para que todos saibam o que está sendo pedido e como fazer para cumprir.

Para que as regras sejam cumpridas, ao serem estabelecidas, não devem ser excessivas, pois as crianças deixariam de prestar atenção a grande parte delas, ignorando-as; também não devem ser muito rígidas aumentando a chance de serem desrespeitadas pelas crianças e difícil de serem mantidas pelos educadores, e ainda serem estabelecidas de acordo com a idade de cada criança para que não sejam difíceis de serem cumpridas, o que ocasionaria desapontamento para elas e para os educadores.

É válido ressaltar que o estabelecimento de regras deve ser acompanhado de conseqüências positivas ou negativas.
Conseqüências positivas são caracterizadas como a atenção positiva dada a criança quando ela faz algo bom ou adequado, dando-lhe alguma coisa que deseja, ou fazendo algo que ela gosta. Em especial estão os incentivos sociais: elogios, abraços, carinhos, sorrisos, louvores de aprovação, os quais devem ser utilizados constantemente.

Uma conseqüência negativa é uma forma de punição que ocorre quando é retirado algum privilégio da criança, como por exemplo, algo que ela goste – deixar de assistir ao seu desenho favorito. Os gritos e as punições físicas também fazem parte deste repertório, porém, não são recomendadas.

Ao se impor limites às crianças, deve-se fazer com tranqüilidade e calma para evitar confronto com elas. Outro ponto importante a ser lembrado é que a criança aprende por modelo, então os educadores não devem impor limites que eles próprios não tenham condições de cumprir.

Texto encaminhado pela Pedagoga Danielle Mainguê Karam.

14/05/2010

Inscrições do XV ENAPA - Encontro Nacional de Apoio à Adoção, terminam dia 21 de maio.

Termina no dia 21/05, o prazo de inscrição para participar do XV Encontro Nacional de Apoio à Adoção (Enapa), que será realizado em Campo Grande (MS) nos dias 3, 4 e 5 de junho, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo. As inscrições podem ser feitas pelo site www.enapa2010.com.br . O evento, considerado o maior encontro sobre adoção da América do Sul, reunirá assistentes sociais, pedagogos, psicólogos, conselheiros tutelares, coordenadores de equipes de trabalho de abrigos, juízes, promotores, defensores públicos, pais e filhos adotivos, representantes de conselhos da área de adoção, entre outros.

A conferência de abertura, no dia 3 de junho, será proferida pelo promotor de Justiça do Rio de Janeiro Sávio Renato Bittencourt Soares Silva, sobre "Direito à Convivência Familiar X Institucionalização Prolongada". No segundo dia de encontro, serão abordados temas relacionados à Nova Lei da Adoção e aos Cadastros Nacionais de Adoção e de Crianças em regime de acolhimento institucional e familiar. Em seguida aos debates, haverá o depoimento de um casal que já adotou uma criança.

A secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social em MS, Tânia Mara Garib, também fará palestra no Enapa, sobre o tema "O Poder Público e a Rede de Atendimento dos Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes". Também será debatido o papel dos Grupos de Apoio à Adoção e sua relação com o poder Judiciário, assim como a pedagogia da adoção, com a palestra do psicólogo Luiz Schettini que vai tratar sobre a criação e educação de filhos adotivos.

No dia 4 de junho, a psicóloga e diretora do Grupo de Estudo e Apoio à Adoção no Recife, Suzana Sofia Moeller Schettini, falará sobre "A Escola para um Novo Conceito de Família".
O Enapa é resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira dos Magistrados Brasileiros da Infância (Abraminj), o Grupo de Apoio à Adoção Manjedoura (GAAM), de Coxim, o Grupo de Estudo e Apoio à Adoção Vida (GEEA-VIDA), de Campo Grande, e conta com o apoio do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e do Projeto Padrinho.

Fonte: Ascom TJMS

13/05/2010

Seminário Estadual “Acolhimento como estratégia de garantia à convivência familiar e comunitária".

O Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná (Fórum DCA/PR) promove nos dias 10 e 11 de junho, em Foz do Iguaçu, o Seminário Estadual “Acolhimento como estratégia de garantia à convivência familiar e comunitária”. O seminário busca efetivar os direitos humanos das crianças e adolescentes, através das estratégias de reordenamento institucional dos organismos e entidades públicas e da reformulação das práticas e concepções incompatíveis com respeito à dignidade da criança e do adolescente.

As inscrições podem ser feitas até o dia 04 de junho.

10/05/2010

Estimulação Lógica - matemática

Vários autores e enumeras pesquisas enfatizam o papel dos jogos, das brincadeiras, do lúdico no desenvolvimento humano.

“Freud (1926, vol.XX, p.124) explica que o jogo é a repetição de situações traumáticas com a finalidade de elaborá-las, acrescentando que, ao viver ativamente o que sofreu passivamente, a criança consegue adaptar-se à realidade; por isso avalia a inibição para jogar como índice grave de neurose. Winnicott (1975) observa que a criança joga também para expressar agressão, para adquirir experiência, para controlar a ansiedade, para estabelecer contatos sociais como integração da personalidade e por prazer”.

O ensino da matemática tem ainda mais defensores do uso dos jogos em sala de aula “o jogo é uma forma natural da atividade humana que desabrocha aos 5 anos de idade.
A interação social é valorizada na abordagem Piagetiana por causa de sua importância para a construção do conhecimento lógico-matemático. (KAMII, 1986, P.172-3).
De acordo com Piaget, citado em Antunes (2005), por volta dos sete anos, a criança já tem noção de classificação, seriação e relacionamento, aspectos que auxiliam o desenvolvimento da inteligência lógica-matemática para o uso dos sistemas de numeração, mas as crianças ainda não conseguem raciocinar sozinhas e necessitam manusear materiais concretos que permitam fazer essas relações. Além disso, é necessário aplicar atividades que auxiliem as crianças controlar o tempo, comparar, classificar, analisar, colocar em prática a criatividade, e expressar as idéias.

O material dourado partindo do principio de que o desenvolvimento da inteligência da criança implica uma educação metódica, Maria Montessori, medica italiana, criou o material dourado para esse fim. Esse material compreende diversas séries de jogos destinados a proporcionar uma educação sensorial, estimulando a observação.
Defendido por vários especialistas estimula o desenvolvimento lógico-matemático, pois a partir do concreto auxilia a entender o conceito de número, valor posicional dos algarismos, classe, ordem, posição, composição de números, entre outros. Outro material importante para a estimulação lógica-matemática são os blocos lógicos, pois a criança organiza o pensamento, assimilam conceitos básicos de cor, forma, tamanho, seleção, comparação, classificação e ordenação, passando gradativamente do concreto para o abstrato. Esse material desenvolve ainda a criatividade, atenção, concentração, coordenação viso-motora, motricidade e relações espaciais.

É essa estimulação que o Instituto brasileiro de transformação social (IBTS) trabalha no módulo II, do curso Hora do saber, com crianças de 2º e 3º ano do ensino fundamental.

Texto elaborado pela pedagoga Priscilla Santana Van Kan.

O Poder dos Combinados

Escrito por Cybele Meyer - 30/09/2009

Criança assimila bem tudo que é combinado. Muitos problemas de indisciplina e mau comportamento podem ser amenizados se os pais fizerem combinados.
Vale lembrar que tudo que é combinado deve ser cumprido. De nada adianta combinar e depois não cumprir. Se isso acontece o efeito é mais desastroso do que se manter indiferente ao comportamento do filho.
O combinado é o seguinte: uma pessoa coloca um marshmallow na frente da criança e combina que se ela não o comer até a moça voltar, a criança ganhará mais um marshmallow.
A teoria defendida é de que quanto mais disciplinada for a criança mais chances de ser bem sucedida na escola ela terá.
Se a criança for bem sucedida na escola terá grandes chances de ser bem sucedida no mercado de trabalho e consequentemente na vida.
Observe que quando a criança se compromete, principalmente quando há um objetivo a ser alcançado, ela cumpre.

Texto encaminhado pela Pedagoga Danielle Mainguê Karam.

04/05/2010

Insformações sobre o Inventário de Frases no Diagnóstico de Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes (IFVD).


Com o objetivo de auxiliar na identificação de situações de violência física e sexual doméstica contra crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, o Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP) lançou no mês passado o Inventário de Frases no Diagnóstico de Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes (IFVD).

Coordenado pela professora Leila Tardivo, o instrumento é composto de 57 frases de simples compreensão, que as crianças e adolescentes devem responder sim ou não. “Todas as frases foram elaboradas de um modo para que não fossem muito diretas para não constranger os participantes da pesquisa. Elas estão relacionadas aos transtornos que a violência traz, sejam emocionais, cognitivos, sociais ou físicos”, explica Leila.
A ideia surgiu em 2001 quando a professora conheceu um grupo de psicólogos que tinham feito um inventário similar na Argentina. Com a ajuda da psicóloga argentina Rosa Colombo, o manual foi traduzido do espanhol para o português a partir de uma pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O manual também apresenta os resultados obtidos após a aplicação da pesquisa em um grupo de 1.010 crianças e adolescentes, sendo 503 com experiência de agressão doméstica comprovada e 507 sem essa suspeita.
Os tipos de violência mais encontrados foram: agressão física para o sexo masculino; e a sexual para o sexo feminino. Além disso, as crianças entre 10 e 11 anos são que mais sofreram casos de violência.
Para aplicar a pesquisa, a equipe de pesquisa visitou centros de atendimento, organizações não-governamentais e vítimas da violência doméstica. Todos os procedimentos foram seguidos criteriosamente para compor o grupo experimental de crianças e adolescentes que seriam entrevistados.
Segundo Leila, o quadro apresentado foi muito importante para mostrar que a situação brasileira é muito parecida com a Argentina, que estão de acordo com a situação mundial. “O instrumento não é uma salvação e nem um diagnóstico clínico e sim um meio para facilitar a descoberta da situação de violência”, diz.

O IFVD foi publicado pela editora Vetor.
Não é preciso ser psicólogo para aplicar.

Texto encaminhado pela psicóloga do IBTS, Andressa Sperancetta.