28/05/2013

III Ciclo de Diálogos REAGE


 


A Rede Cristã convida para o III Ciclo de Diálogos da REAGE, a ser realizado no próximo dia 05 de junho de 2013 (quarta-feira), com início as 09 horas na sala de eventos 301 da Primeira Igreja Batista de Curitiba (Rua Bento Viana, 1200 - Batel).
Nesta data a facilitadora deste diálogo a Sgto. Tania Guerreiro, oficial da Polícia Militar do Paraná, que estará compartilhando o tema:   "drogas e a exploração sexual infantil - pedofilia".
 
Abaixo o link para sua inscrição, fixada em 2 litros de leite longa vida, que após o evento são encaminhados para uma organização social escolhida pelo Grupo Gestor da REAGE.

Vagas são limitadas no número máximo de 35 participantes. Você poderá levar material impresso para divulgar entre os participantes os seus projetos.

Faça já a sua inscrição:
https://docs.google.com/a/transformacaosocial.org.br/forms/d/1yH4Wq_98JufzIBjaDCW979JuX5FMJRPvPJPgNrzX19w/viewform

27/05/2013

Vínculos que vão além da cor da pele



O amor não tem cor. É assim que Mirian, 39 anos de idade, explica a relação que construiu com a filha adotiva, Camile, de 9. A menina tinha 2 anos e 3 meses de idade quando foi adotada. A mãe conta que ela e o marido Milso Andrade, 55 anos de idade, se apaixonaram pela criança assim que a conheceram. Miriam e o esposo são brancos. Camile é negra. No entanto, a diferença quanto à cor da pele não representou uma barreira.
“Somos sortudos. A Camile tem se mostrado uma filha incrível. Nós é que fomos adotados por ela. E quanto à cor da pele... Sou loira, tenho olhos verdes. Ela é negra. É nítida nossa diferença. Mas ela já aprendeu a lidar com isso, inclusive com os colegas da escola. Tanto que ela não me deixa intervir”, relata a mãe.
Miriam conta que de vez em quando ouve comentários nas ruas sobre a diferença do tom da pele. “Alguns idiotas vêm nos dizer que ela não se parece comigo”, conta. “Mas, por outro lado, há aquelas pessoas que se mostram admiradas e que chegam à conclusão de que esse tipo de adoção é possível”, completa.
O pai define a adoção de Camile como uma experiência extraordinária. “Quando nos casamos, Miriam e eu tínhamos conversado sobre a possibilidade de adotar. Não tínhamos nenhuma restrição. Então, quando a Camile surgiu, tomamos a decisão rapidamente, sem nenhum tipo de barreira. Sentimos depois o estranhamento de algumas pessoas, mas para nós foi uma coisa que se desenvolveu com muita naturalidade. E muitos passaram a vislumbrar a mesma possibilidade de adotar”, diz Milso.
Com 2 anos e 3 meses de idade à época da adoção, a menina reproduzia os hábitos adquiridos na convivência com a família biológica. No entanto, isso também não representou um óbice para o casal. “Toda criança vai passar por um processo de adaptação. Ela tem hábitos que desenvolveu na tenra idade, relacionados à alimentação e higiene, por exemplo, que esbarram em outros hábitos que a família nova tenta ensinar. Esse não foi um processo que aconteceu do dia para a noite, mas aprendemos muito. Afinal, até um filho biológico, recém-nascido, passa por esse processo. Ele tem de se adaptar”, conta Milso.
O casal não esconde o orgulho que sente da filha, cuja personalidade eles estão ajudando a formar. “Ela é uma pessoa muito humana, que se preocupa com o sofrimento dos outros. Aprendemos muito com ela”, orgulha-se Mirian.

Fonte: Agência CNJ de Notícias
http://www.cnj.jus.br/index.php?option=com_content&view=article&id=24841:vinculos-que-vao-alem-da-cor-da-pele&catid=223:cnj&Itemid=4640
Publicado em: 24/05/2013 por Giselle Souza

22/05/2013

Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?




Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?
TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.

Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.

Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.
 
Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.
 
A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.
 
E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.
 
A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firme cadre - que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.
 
Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.
 
Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.
 
Fonte:
 

Convite Reunião Campanha "Criança Não é de rua"


20/05/2013

Adoção e o Acolhimento

Juízes debatem formas de melhorar a adoção e o acolhimento de crianças e adolescentes

Melhorar o processo de adoção e o acolhimento de crianças e adolescentes foi um dos objetivos do encontro que reuniu nesta semana, em Brasília, juízes e promotores de Justiça de todo o país. A discussão vai gerar um manual de boas práticas que orientará os juízes que lidam com questões de adoção e acolhimento de crianças e adolescentes.
A juíza responsável pela área de infância e juventude no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Marina Gurgel, resumiu o encontro numa busca coletiva de soluções para acelerar o número de adoções e diminuir a quantidade de crianças e adolescentes em abrigos. “Não vamos impor nada. Tudo será discutido e negociado”, afirmou.
A proposta é criar procedimentos que sejam seguidos por juízes e promotores em processos de adoção, acolhimento de crianças e adolescentes. O documento tomado como base da discussão foi a Carta de Constituição de Estratégias em Defesa da Proteção Integral das Crianças e do Adolescente, compromisso assinado em outubro passado por representantes dos três poderes. A carta tem metas para o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90).

A conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Taís Ferraz informou que dar visibilidade ao tema é uma estratégia para efetivar os direitos desse segmento da população. “Levantamento feito pelo Ministério Público revelou que, até hoje, 25% das crianças e adolescentes acolhidos não têm guia de acolhimento. Do ponto de vista jurídico, essas crianças estão no limbo”, afirmou a conselheira. O CNJ regulamentou a guia nacional de acolhimento em 2009.  
O juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Gabriel Matos apresentou dificuldades de operacionalização do Cadastro Nacional de Adoção. Mostrou-se disposto a debater mudanças que ajudem os juízes a lidar com problemas em processos de adoção, acolhimento e destituição do poder familiar, entre outros. “Esses processos chamados de medidas de proteção ou protetivas não têm roteiro, como manda o código de processo penal, por exemplo”, disse.   
Pesquisa - Durante o evento foi apresentada formalmente a pesquisa Encontros e Desencontros da Adoção no Brasil, feita pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), do Conselho Nacional de Justiça. De acordo com o levantamento, a idade avançada é maior empecilho para a adoção , superando variáveis significativas como doenças e cor da pele.  Dados atualizados do  Cadastro Nacional de Adoção (CNA) – de maio de 2013 – registram  29.440 pretendentes a adoção no país. Desse total,  21.998  declararam aceitar crianças entre 0 a 5 anos, o que corresponde a 75%. "A grande maioria dos pretendentes à adoção deseja adotar uma criança com idade entre zero e cinco anos. O problema é que esta faixa etária corresponde a apenas 9% das crianças aptas à adoção. Precisamos desenvolver políticas públicas que modifiquem essa realidade”, afirmou Gabriel Matos.
Para provar a tese de que requisitos relacionados à saúde não apresentam óbices em relação à adoção, o estudo apontou que 15% dos pretendentes entrevistados (4.211) não ofereciam qualquer resistência em adotar criança ou adolescente portador de HIV e 8% (2.252) não fizeram restrições à condição de deficiência da criança ou adolescente. Proporcionalmente esses percentuais apresentam um cenário favorável para a adoção diante do número de crianças portadoras do HIV (141) e deficientes (211 portadores de deficiência física e 422 com deficiência mental).
 
A pesquisa completa pode ser acessada aqui.

Fonte:
http://www.cnj.jus.br/index.php?option=com_content&view=article&id=24748:juizes-debatem-formas-de-melhorar-a-adocao-e-o-acolhimento-de-criancas-e-adolescentes&catid=223:cnj&Itemid=4640
Agência CNJ de Notícias

13/05/2013

IV ENCONTRO ADOÇÃO CONSCIENTE



08h30 Recepção
09h00 Abertura Oficial
09h30 “Adoções: encontros de almas.”
Desembargador Ruy Muggiati ‐ Membro do Conselho de Supervisão dos Juízo da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
10h10 Intervenção Musical
Coral da Fundação Solidariedade mantida pela Volvo
10h40 Dinâmica Adotiva
Prof. Sérgio Degrande
11h00 “A vida das crianças e adolescentes numa  Instituição de Acolhimento”
Elizeo Zacarkim Junior (Gestor) e Dinacir de Lima Leal (Assistente Social) ‐ Casa Abrigo Menino Jesus 
12h00 Divino almoço (por adesão)
13h30 “A voz de nossas crianças”
Depoimentos de nossos filhos que passaram pelo processo de adoção.
14h30 “Preparação dos adotantes internacionais”
Denise Araújo Vosnika ‐ Psicologa da CEJA(Conselho Estadual Judiciário da Adoção)
15h30 “Adotamos duas irmãs”
 Ricardo Colombo e Valéria Guimarães
16h15 “Adotamos uma pré‐adolescente”
Marina e Júnior
17h00 Encerramento - Coffee break de Confraternização.

Informações sobre a Programação / Inscrição: (41) 3353‐7895

 

02/05/2013

VAGA


(clique para ampliar)