05/02/2013

Lógica exercitada por jogos

Brinquedos simples contribuem ainda com o desenvolvimento do poder de síntese, agilidade, estratégia, noção espacial, concentração, entre outros

 
 
Uma pilha de peças de madeira que se encaixam pode parecer pouco atrativa para as crianças diante dos multimidiáticos jogos eletrônicos. Por mais simples que pareçam, alguns desses passatempos são capazes de desenvolver o raciocínio lógico e o poder de síntese em meninos e meninas – competências apontadas por especialistas como essenciais para estimular outras capacidades.
 
 Além dos populares xadrez e cubo mágico, há pelo menos outra centena de jogos que podem ser usados por crianças, jovens e adultos. Eles variam de acordo com a faixa etária e, para ter efeito, precisam ser praticados durante, no mínimo, duas horas semanais por, ao menos, três meses seguidos, segundo o diretor do Super Cérebro, Ricardo Lamas.
  
Cada brinquedo requer uma estratégia diferente e trabalha uma ou mais competências, como noção espacial, estratégia, cálculo matemático, agilidade e lógica. Além delas, outras habilidades mais ligadas ao comportamento e ao desenvolvimento psicológico também são estimuladas, como concentração, paciência, persistência, autocontrole, autoestima e socialização, no caso dos jogos em grupo.
  
“Podemos dizer que esse tipo de jogo também contribui para a educação e a disciplina das crianças”, diz Lamas. Os benefícios não demoraram a ser percebidos e existe uma variação de tempo de acordo com a criança, mas a média é de que em três meses os pais notem a diferença.
  
Em meio a tantas opções que parecem mais atraentes, a dúvida sobre como envolver crianças e jovens com esses jogos é comum entre pais e professores. A dica da diretora do método Supera, de ginástica para o cérebro, Andrea Valério, é transformá-los em algo lúdico. É preciso contar a história do jogo – que costuma vir junto com a embalagem – e fazer com que a criança use a imaginação para montá-lo, assim como faz durante a leitura de um livro.


Brinquedos podem ser usados em casa e na escola

Mesmo com todas as vantagens oferecidas pelos jogos que estimulam a lógica, professores de Matemática e pedagogos afirmam que eles não são milagrosos e que não há estudos que comprovem que a criança não possa desenvolver as mesmas capacidades sem eles. Eles são, na verdade, um instrumento e não significam que trarão resultado efetivo em todos os casos.
  
“É mais um recurso dentro de um universo. Os resultados dependem também de como os professores trabalham cada jogo em sala, como exploram cada habilidade da criança”, diz a professora de Matemática da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Elisângela Campos.
  
Andrea Valério, diretora do método Supera, tem um filho de 4 anos, Caetano, que, fora do horário normal de aula, fica com a mãe na escola. Por ver tantas pessoas usando os jogos, ele começou a mexer sozinho e já consegue resolver alguns que são para crianças mais velhas.

Leia mais em:
http://www.gazetadopovo.com.br/ensino/conteudo.phtml?tl=1&id=1342223&tit=Logica-exercitada-por-jogos

Nenhum comentário:

Postar um comentário