15/04/2010

Educação Motora para Crianças

Atualmente o Instituto Brasileiro de transformação social (IBTS) trabalha com a educação motora através dos cursos Passatempo & Cia e Hora do saber, destinado a crianças da faixa etária dos 04 aos 05 anos trabalhando a psicomotricidade e de 06 a 10 anos, a coordenação motora fina.
A educação motora tem início em casa, na escola, nas brincadeiras com outras crianças, entre outras atividades. E o desenvolvimento dela marca a trajetória de vida escolar de todos os indivíduos, independente da situação sócio-econômica.
Sabe-se que o desenvolvimento motor é o processo de mudanças no comportamento da criança que envolve tanto a maturação do sistema nervoso central, quanto à interação com o ambiente e os estímulos dados durante o seu desenvolvimento.
Neste sentido, as crianças quando expostas a uma estimulação organizada tendem a desenvolver suas capacidades e habilidades motoras para além do que é normalmente esperado. Até os nove anos de idade, as aquisições motoras, neuromotoras e perceptivo-motoras efetuam-se num ritmo rápido: tomada de consciência do próprio corpo, afirmação da dominância lateral, orientação com relação a si mesmo. E é esta aquisição motora que favorece a evolução psicomotora da criança e auxilia o desenvolvimento dos pré-requisitos para a aprendizagem escolar especialmente da leitura e da escrita para as crianças ditas normais.
De acordo com as Orientações Curriculares para a Educação Infantil e séries iniciais, o corpo constitui um instrumento de relação com o mundo e é o fundamento de todo o processo de desenvolvimento e aprendizagem. Para que as crianças possam utilizar e dominar o seu corpo, estas devem ter a oportunidade de vivenciar experiências que envolvem a motricidade. Noção lateral e desenvolvimento da lateralidade, importante para que as crianças desenvolvam a organização espacial, que é a capacidade de situar-se e orienta-se dentro de um determinado espaço. Romero (1988) relaciona a lateralidade com a aprendizagem, salienta que os problemas de leitura e escrita podem estar ligados ao pouco desenvolvimento ou alterações na lateralidade. Neste sentido, Borges (1987) argumenta que a boa e correta definição da lateralidade caminha junto com uma boa escrita, envolvendo a orientação espacial e temporal. Deste modo, a construção do esquema corporal aliado a afetividade, elementos essenciais no desenvolvimento motor das crianças, podem atuar na prevenção de transtornos motores e conseqüente casos de fracasso escolar.

A sucessão da motricidade requer o desenvolvimento da coordenação motora fina, esta tem por finalidade estimular os músculos pequenos para a manuseio de objetos. Seu desenvolvimento inicia-se com a motricidade global e é aperfeiçoada com os movimentos finos dos músculos das mãos, pés e rosto, ou coordenação dos músculos pequenos para atividades finas. A Coordenação motora fina é a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente, propiciando manuseio dos objetos. Ex: Recortar, lançar em um alvo, costurar, escrever, digitar, pintar, etc.

Assim, a Educação motora tem um importante papel na vida das crianças. Permite a integração sucessiva da motricidade que está diretamente ligada na constante e permanente maturação orgânica, e se dá através de ações educativas de movimentos espontâneos e atitudes corporais da criança, proporcionando-lhe uma imagem do corpo e contribuindo para a formação de sua personalidade bem como na diminuição e na prevenção de problemas de aprendizagem nas séries iniciais, auxiliando também no desenvolvimento cognitivo e sócio-afetivo.

Texto elaborado pela Pedagoga Priscilla Santana Vankan

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